POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
Foto: www.goodreads.com
GEMINIO ABAD
Gémino Henson Abad é um poeta e crítico de Cebu, Filipinas.
Sua família mudou-se para Manila quando seu pai, Antonio Abad, recebeu uma oferta de professor na Far Eastern University e na Universidade das Filipinas. Ele obteve seu bacharelado em inglês pela Universidade das Filipinas em 1964 e o doutorado. em literatura inglesa pela Universidade de Chicago em 1970. Ele serviu na Universidade das Filipinas em várias funções: como Secretário da Universidade, Secretário do Conselho de Regentes, Vice-presidente para Assuntos Acadêmicos e Diretor do UP Institute of Creative Writing. Por muitos anos, ele também ensinou inglês, literatura comparada e escrita criativa na UP Diliman.
Abad co-fundou o Philippine Literary Arts Council (PLAC), que publicou Caracoa, um jornal de poesia em inglês. Suas outras obras incluem Fugitive Emphasis (poemas, 1973); In Another Light (poemas e ensaios críticos, 1976); A Formal Approach to Lyric Poetry (teoria crítica, 1978); The Space Between (poemas e ensaios críticos, 1985); Poems and Parables (1988); Index to Filipino Poetry in English, 1905-1950 (com Edna Zapanta Manlapaz, 1988) e State of Play (cartas-ensaios e parábolas, 1990). Ele editou antologias marcantes da poesia filipina em inglês, entre elas Man of Earth (1989), A Native Clearing (1993) e A Habit of Shores: Filipino Poetry and Verse from English, '60s to the' 90s (1999).
A Universidade das Filipinas elevou Abad à categoria de Professor Universitário, a mais alta classificação acadêmica concedida pela universidade a um exemplar membro do corpo docente. Ele atualmente faz parte do Conselho de Conselheiros do UP Institute of Creative Writing e leciona redação criativa como Professor Emérito da Universidade na Faculdade de Artes e Letras, UP Diliman.
Em 2009, ele se tornou o primeiro filipino a receber o cobiçado Prêmio Feronia em Roma, Itália, na categoria de autor estrangeiro.
TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS
IX FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE GRANADA, Nicaragua 2013. Memoria Poética. 121 Poetas / 56 países. Managua, Nicaragua: Fundación Festival Internacional de la Poesía de Granada, 2014. 220 p. ISBN 978-99964-896-2-4
Na capa: reprodução do cartaz do evento. Inclui poemas dos convidados e uma foto coletiva. Inclui os poemas brasileiros: Thiago de Mello e Floriano Martins.
Ex. bibl. Antonio Miranda
La parábola de las piedras
Cada vez que salgo
a la mañana del mundo encuentro
mis bolsillos de piedras repletos.
No puedes verlas allí
donde se ocultan mis manos,
de sus bordes a veces heridas.
Tengo un objetivo rápido y fatal,
y no me los cuestiono.
Mis manos están frías.
Y al final de cada día,
pocas piedras me quedan,
y gimo mientras sangran mis manos.
Esta situación ¿quién la puede soportar?
Cuando comienza la mañana, de nuevo sé
que tengo mis piedras para lanzar:
No puedes verlas allí
donde se cierran mis manos
y sangran todos los días.
¿Quién cerrará mi mañana? O
¿quién vaciará
de piedras mis bolsillos?
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
A parábola das pedras
Cada vez que saio
pela manhã do mundo encontro
meus bolsos repletos de pedras.
Não podes vê-las ali
onde se ocultam minhas mãos,
de suas margens às vezes feridas.
Tenho um objetivo rápido e fatal,
e não me questiono.
Minhas mãos estão frias.
E no final de cada dia,
poucas pedras me restam,
e gemo enquanto sangram minhas mãos.
Esta situação, quem pode suportá-la?
Quando começa a manhã, de novo sei
que tenho minhas pedras para lançar:
Não podes vê-las ali
onde terminam minhas mãos
que sangram todos os dias.
Quem encerrará minha manhã? Ou
quem esvaziará
as pedras dos meus bolsos?
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
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Página publicada em abril de 2021
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